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A psicologia de trading diz respeito aos componentes mentais e emocionais do processo de tomada de decisões de negociação. Representa as áreas da personalidade e comportamento de um trader que têm impacto nos resultados das negociações.
São inúmeras as formas como estes aspetos da nossa personalidade se evidenciam, quer seja através do medo, ganância, arrogância e até mesmo esperança. Mas, destas quatro emoções, considera-se que o medo e a ganância têm uma maior influência na psicologia de trading, sobretudo no que respeita ao assumir de risco e disciplina.
O facto de ser muito ganancioso poderá levar a decisões de risco excessivo. Mas, ser muito temeroso pode resultar na perda de oportunidades ou na complicação do trading, com poucos ganhos de capital. O desenvolvimento do autoconhecimento irá ajudar um trader a identificar padrões comportamentais negativos recorrentes e a forma como estes podem prejudicar avaliações críticas.
Isto permite, ao trader, lidar com os comportamentos de forma a garantir a objetividade e a racionalidade das decisões de trading.
O estudo da psicologia de trading analisa as razões subjacentes à tomada de decisões irrefletidas, por parte dos traders, no mercado ou relevantes a outras questões financeiras. As finanças comportamentais, em particular, junta a psicologia e as finanças para investigar o impacto do comportamento humano nas escolhas financeiras e resultados das negociações.
Por outras palavras, identifica as influências e pendores psicológicos que condicionam o comportamento do trader e do praticante financeiro e explora de que forma este comportamento pode afetar os resultados no mercado. Também se analisam as finanças comportamentais para ter uma melhor compreensão dos diferentes resultados em diversos setores e indústrias.
Para além disso, as finanças comportamentais defendem que os participantes financeiros não são totalmente racionais ou que têm um autocontrolo perfeito. Pelo contrário, são influenciados por fatores psicológicos e possuem tendências relativamente normais e de autocontrolo. As finanças comportamentais também defendem que a tomada de decisões, no contexto financeiro, é impulsionada pelo nosso bem-estar físico e mental.
Por outras palavras, o nosso estado mental oscila de acordo com o nosso estado de saúde geral. Alguns dos pendores comportamentais mais comuns incluem: excesso de confiança, comportamento de manada, contabilidade mental, vazio emocional, fixação, autoatribuição e aversão à perda.
Outro termo popular, que se enquadra na psicologia do trading, é o trading emocional (ou investimento com base nas emoções). Semelhante às finanças comportamentais, o trading emocional refere-se aos impulsos comportamentais despoletados pelas volatilidades do mercado, que resultam na compra ou venda emocional dos ativos.
O trading emocional pode ser influenciado por diversas emoções, como pânico, ganância, excitação, medo ou até mesmo excesso de confiança.
Alguns dos exemplos mais comuns de decisões de trading emocionais incluem o overtrading (negociação excessiva), venda com base no pânico, viés de confirmação, entre outros. Controlar o trading emocional exige inteligência emocional para manter a disciplina e gerir os fatores de stress psicológico.
Manter uma formação contínua e investir no desenvolvimento pessoal irá ajudar o trader a adquirir competências vitais, como autorregulação, empatia e confiança.
Outro aspeto importante da psicologia de trading é o conceito de instintos de trading, i.e., sentimentos intuitivos ou instintivos que os traders poderão ter quando tomam decisões nos mercados financeiros.
No entanto, confiar nos nossos instintos implica um sólido autoconhecimento e ter a capacidade de separar uma decisão legítima e racional de outra tomada com base em impulsos emocionais. É perceber que a nossa objetividade poderá estar distorcida ou ensombrada pelo viés e tomar as medidas necessárias para retificar o problema.
Três dos fenómenos psicológicos mais comuns com impacto na tomada de decisões racionais incluem viés sensorial (formar uma opinião com base em informação potencialmente tendenciosa/enviesada), evitar o vago (medo do desconhecido) e tangibilidade de antecipação (quando a sensação de antecipação se torna o foco, em vez de ser o de atingir aquilo que é antecipado, em primeiro lugar).
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